domingo, 2 de setembro de 2012

Resumo do texto de Sílvio Pereira da Costa
"Mídia-Educação no contexto escolar: mapeamento crítico dos trabalhos realizados nas escolas de ensino fundamental de Florianópolis"

A incapacidade de leitura para além dos códigos lingüísticos dos
alunos.
Em que medida, porém, a dificuldade de interpretação dos fatos
pode ser creditada aos problemas comuns na formação dos professores, à
débil cultura dos alunos ou às não menos frágeis estruturas narrativas da
mídia? A incorporação de fragmentos de textos da imprensa nos livros
didáticos não favorece a leitura crítica do mundo, porque são eles próprios,
além de recortes, versões da realidade.
O baixo índice de leitura no país, associado à inexistência de
bibliotecas públicas.

Papel do jornal na escola
Qual seria, então, o papel da escola na formação do leitor? O hábito
da leitura pode ser melhorado com a inserção da mídia na escola?
Leitura crítica da mídia se aprende na sala de aula? O que é necessário
para o exercício cidadão da leitura do mundo? Simultaneamente à perda
sucessiva de leitores, os jornais descobriram um importante nicho
no mercado editorial: a escola.
A formação de cidadãos, atributo da escola, passa hoje obrigatoriamente
pela habilitação do cidadão para ler os meios de comunicação, sabendo
desvelar os implícitos que a edição esconde; sendo capaz de diferenciar, entre
os valores dos produtores dos meios, aqueles que estão mais de acordo
com a identidade de sua nação; reconhecendo os posicionamentos ideoló
gicos de manutenção do status quo ou de construção de uma variável histórica
mais justa e igualitária. E, para isso, a escola não pode esquecer-se do
ecossistema comunicativo no qual vivem os alunos. Ou seja, ou a escola
colabora para democratizar o acesso permanente a esse ecossistema comunicativo
ou continuará a operar no sentido da exclusão, tornando maiores
os abismos existentes. (Baccega, 2003, p. 81)
Utilizar a mídia na escola é o primeiro passo para a leitura do
mundo. Em contrapartida, é essencial que o exercício cotidiano no uso
da mídia na sala de aula não se limite à leitura de jornais, revistas ou
dos veículos eletrônicos. Para se ler o mundo a partir dos olhares dos
outros, é fundamental que seus leitores aprendam antes a ler o mundo
em que vivem, por meio da construção de suas próprias narrativas. Só
assim será possível a construção do conhecimento, a transformação do
educando em sujeito de sua própria história. A aquisição do pensamento
crítico é resultado da inserção e percepção direta do aluno como
agente mobilizador na sua realidade.

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